Os homens consideram um terno de calça em uma mulher como um dos tipos de roupas mais sensuais.

Mas, é claro, nem sempre foi assim, e foi a oposição dos conservadores e da maioria dos homens que impediu que as calças finalmente se tornassem um elemento do guarda-roupa feminino por quase cem anos.

Acreditava-se que, ao usar um terno, as mulheres adotariam os hábitos masculinos e certamente começariam a se aproximar de seus colegas homens. ⠀

A primeira vez que a calça foi experimentada foi em 1851 pela americana Amelia Bloomer, que apoiou ativamente o movimento feminista contra o espartilho feminino e chocou o público com um traje que incluía um chapéu de abas largas, jaqueta e calça combinados com uma saia de comprimento médio.

O advento da bicicleta foi o próximo passo para a introdução de trajes, pois andar de saia não era apenas desconfortável, mas também traumático.

Depois de outro acidente que resultou em um braço quebrado, a Sra. George Johnston desenvolveu uma saia especial que se transformava em uma calça larga. ⠀

Cada vez mais mulheres preferiam shorts e calças confortáveis para esportes e atividades, e Coco Chanel foi a primeira a usar um terninho para caminhar no campo e relaxar.

No entanto, os vestidos ainda desempenhavam o papel de uma roupa de fim de semana, e foi somente em 1932 que Marlene chegou à estreia do filme Shanghai Express em um smoking com gravata borboleta, e esse visual ousado foi complementado por uma cartola, bengala e cigarro.

Os ternos com calças foram proibidos até os anos 60 do século passado, e somente Saint Laurent, em 1966, criou uma coleção lendária de conjuntos com calças, cujo destaque foi o icônico Le Smoking. Graças a Yves Saint Laurent, as mulheres tiveram a oportunidade de transformar o terno com calça em uma roupa de negócios e abrir caminho para a alta sociedade.